20/09/2011

Adentrando o Universo do Rugby

Em setembro de 2007 eu e minha mulher tiramos alguns dias de férias, ainda nos permitíamos isso, e passamos uma semana em Buenos Aires. O acaso nos fez passear pelos bares, nosso trajeto mais costumeiro, de Palermo, justamente na época da Copa do Mundo de Rugby na França.

Enquanto esperávamos ser atendidos, o que muitas vezes demorava, e não nos interessava a pressa, os bares movimentam-se às tarde com os jogos que eram transmitido ao vivo. Foi quando comecei a me interessar mais pelo rubgy, ali, em Buenos Aires, vendo a veneração dos argentinos pelos Pumas, como eles chamam a seleção nacional deles.

Quando era criança meu pai adorava contar histórias, ele era um bom contador de histórias e muitas vezes exagerava, o que tornava a história ainda mais interessante, que quando serviu no exército na década de 1950 jogava "futebol americano". Obviamente ele jogava rugby, visto que é um jogo de estratégia e conquista de território e serve muito bem para o treinamento de infantaria.

Com o tempo, e a influência do cinema norte-americano, o rugby tornou-se para mim, e para a maioria dos brasileiros, um fantasma. Futebol americano, a NFL como está na moda entre muitos aficcionados de estatísticas, e onanistas do gênero, nunca me interessou. Acho um exagero aquela montanha de intervalos comerciais e aquela parafernália que usam para jogar.

Mas, a partir desta Copa do Mundo, com o rugby, que desde 1987 decidiu aos poucos se profissionalizar e internacionalizar, seguindo o caminho de seu irmão de origem, o football association, ou o futebol jogado unicamente com os pés como conhecemos, fui pouco a pouco me adentrando ainda mais no universo rugby.

Ainda não entendo muitas marcações de faltas e não consegui distinguir em qual posição joga este ou aquele e sua função básica no campo, mas já aprendi o básico da pontuação e de como me tornar um torcedor. Com o aumento das trasmissões da Tri Nations, da Heineken Cup e da Six Nations fui me familiriazando com os termos e jogadas.

Para aumentar ainda mais meu interesse jogadores da cidade natal da minha mulher organizaram sua própria equipe, o Farrapos, que veio a tornar-se bicampeão gaúcho de rugby e a primeira equipe gaúcha a participar do campeonato nacional de rugby. E, não nego, a cultura do esporte, que faz com que os participantes organizem o tradicional terceito tempo, quando as equipes confraternizam, churrasco e cervejas amigos, e trocam ideias e experiências em um ambiente de camaradagem, me atrai, afinal cerveja e amizade são coisas com as quais gosto de conviver.

O que tenho a dizer sobre o rugby? É um esporte de contato, velocidade, estratégia e, sim, uma grande variedade de jogadas e movimentação intensa. A primeira impressão que passa é que um esporte brutal, mas não é. É um esporte viril, sim, mas que deve ser jogado com inteligência, tanto que as grandes equipes são as que melhor se defendem, e usam esta defesa para em rápidas avançadas para pegar desprevenida e encontrar buracos na equipe adversária. Técnica e velocidade são tão ou mais importantes que a força física.

Eu nunca pratiquei, mas tenho vontade, obviamente que só por diversão. E observar e torcer na beira do campo, como explicarei numa próxima postagem.

(Comentários e auxílios são muito bem-vindos. A intenção deste blog é aprender cada vez mais sobre o esporte e fazer com que cada vez mais pessoas se intreressem pelo rugby.)

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